Nesta sexta-feira (12), a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) se reúne para deliberar sobre a perda do mandato da deputada Carla Zambelli (PL-SP). A decisão do ministro Alexandre de Moraes, que anulou a votação na Câmara que garantiu a manutenção de seu mandato, impõe que o presidente da Câmara, Hugo Motta, emposse o suplente Adilson Barroso (PL-SP) em um prazo de 48 horas.
A situação de Zambelli se agrava com duas condenações proferidas pelo STF, incluindo uma que a sentenciou a 10 anos de prisão pela invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça em 2023. Recentemente, ela foi presa em Roma ao tentar escapar de um mandado de prisão, utilizando sua dupla cidadania para buscar asilo político na Itália. A decisão do STF pode impactar diretamente sua situação legal e política, especialmente com uma audiência de extradição marcada para a próxima quinta-feira (18).
As implicações desta votação são significativas, não apenas para Zambelli, mas também para a imagem do Congresso e do Judiciário no Brasil. O desfecho poderá reforçar a necessidade de uma resposta mais enérgica do governo em relação a deputados condenados e suas ações, além de influenciar as percepções sobre a justiça no país. A decisão, a ser referendada por outros ministros do STF até o final do dia, poderá moldar o cenário político nacional e a relação entre os poderes.