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STF condena cinco PMs do DF a 16 anos por omissão em atos golpistas

Camila Pires
Tempo: 2 min.

Nesta sexta-feira (5), a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, por unanimidade, condenar cinco ex-integrantes da cúpula da Polícia Militar do Distrito Federal a 16 anos de prisão. Os condenados foram responsabilizados por omissão na contenção dos atos golpistas que ocorreram em 8 de janeiro de 2023, quando multidões invadiram os prédios dos Três Poderes. A votação finalizou com um placar de 4 a 0, destacando a gravidade das condutas dos réus em relação à segurança institucional.

O voto condutor foi proferido pelo ministro Alexandre de Moraes, que argumentou que os réus cometeram crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e dano qualificado. Segundo Moraes, a ação omissiva dos ex-oficiais facilitou os atos violentos que ameaçaram os princípios republicanos. As defesas dos acusados tentaram contestar a jurisdição do STF, alegando cerceamento de defesa e falta de foro privilegiado, mas a corte manteve a decisão.

As implicações desta condenação são significativas para a Polícia Militar do Distrito Federal e para a segurança pública no Brasil. A decisão reafirma a responsabilidade das autoridades em garantir a ordem durante situações de crise e pode impactar futuras investigações sobre a resposta das forças de segurança em eventos tumultuados. Embora as penas não sejam imediatas, a possibilidade de recurso poderá prolongar o processo judicial e gerar novos debates sobre a atuação da polícia em contextos críticos.

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