O Supremo Tribunal Federal (STF) analisa nesta sexta-feira (12) a situação da deputada Carla Zambelli, cujo mandato foi mantido pela Câmara, mas teve essa decisão anulada pelo ministro Alexandre de Moraes. A votação, que ocorre a partir das 11h, pode resultar na posse do suplente Adilson Barroso, conforme determinação de Moraes, que exige que a Câmara apenas declare a perda do mandato de parlamentares condenados. O prazo para a posse é de 48 horas, e a decisão final dos ministros deve sair até às 18h.
A situação jurídica da deputada é grave, uma vez que Zambelli foi condenada a 10 anos de prisão por envolvimento em uma invasão do sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Além disso, a parlamentar foi presa em Roma ao tentar escapar de um mandado de prisão e está buscando asilo político na Itália, complicando ainda mais seu retorno ao Brasil. O governo brasileiro já solicitou sua extradição, que se torna mais urgente após uma nova condenação por porte ilegal de arma, relacionada a um incidente em São Paulo.
A decisão do STF pode estabelecer um precedente significativo para a atuação do Judiciário em relação a parlamentares condenados. A audiência sobre o pedido de extradição na Justiça italiana está marcada para a próxima quinta-feira (18), e a resposta a esse pedido pode influenciar o futuro político de Zambelli. O desdobramento dessas votações e decisões judiciais poderá impactar não apenas a vida da deputada, mas também a percepção pública sobre a accountability de figuras políticas no Brasil.

