A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) formou, nesta quarta-feira (17), uma maioria de votos para anular parte da investigação da Polícia Federal contra o governador do Acre, Gladson Cameli. O caso envolve acusações graves, incluindo corrupção e desvio de recursos, que resultaram na condição de réu do governador no Superior Tribunal de Justiça (STJ). A votação virtual, que será concluída na sexta-feira (19), já apresenta um placar de 3 a 1 a favor da defesa de Cameli.
Os advogados do governador argumentam que houve irregularidades significativas durante a apuração, como a requisição sem autorização judicial de relatórios financeiros do Coaf. O ministro Mendonça, que votou a favor da anulação, destacou que as irregularidades ocorreram entre 2020 e 2021, quando foram coletadas provas que agora são contestadas. As investigações, que começaram em 2019, apontam que até R$ 11 milhões podem ter sido desviados por meio de contratos com empresas ligadas a familiares do governador.
Em paralelo ao recurso no STF, a Corte Especial do STJ também iniciou o julgamento da ação penal contra Cameli, onde a relatora, ministra Nancy Andrighi, votou pela condenação do governador a 25 anos de prisão e a perda do cargo. O julgamento no STJ será retomado em 2026, após o pedido de vista do ministro João Otávio de Noronha. Assim, a situação legal do governador continua em um cenário instável, com desdobramentos futuros a serem acompanhados de perto.

