A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, em 17 de dezembro de 2025, anular parte da investigação da Polícia Federal (PF) contra Gladson Cameli, governador do Acre, que é acusado de corrupção, peculato e lavagem de dinheiro. O julgamento teve como base irregularidades apontadas pela defesa, que questionou a legalidade de algumas provas obtidas durante a apuração. Ao todo, três ministros votaram a favor da anulação, enquanto apenas um se posicionou contra.
As acusações contra Cameli incluem o desvio de aproximadamente R$ 11 milhões por meio de empresas que mantinham contratos com o governo estadual. A investigação revelou que essas empresas teriam contratado outras com laços familiares ao governador, facilitando a prática de irregularidades. As alegações de que a PF teria requisitado relatórios financeiros do Coaf sem autorização judicial foram determinantes para a decisão do STF.
Além da anulação da investigação, Cameli enfrenta uma ação penal no Superior Tribunal de Justiça (STJ), onde a relatora sugeriu sua condenação a 25 anos de prisão. A continuidade deste processo será retomada em 2026, após o recesso de fim de ano. O desdobramento atual no STF poderá influenciar significativamente as acusações pendentes em instâncias superiores e a situação política do governador no estado do Acre.

