Silvinei Vasques é preso no Paraguai com carta médica controversa

Gustavo Henrique Lima
Tempo: 2 min.

O ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal, Silvinei Vasques, foi preso no Paraguai ao tentar embarcar para El Salvador, apresentando uma carta médica que alegava suas limitações de comunicação. O documento, redigido em espanhol, foi apresentado junto a um passaporte paraguaio que não correspondia à sua identidade, levantando suspeitas sobre sua veracidade. Vasques se identificava como ‘Julio Eduardo Baez Fernandez’, afirmando ser portador de um câncer cerebral agressivo, o que justificaria a urgência da viagem.

A carta médica, que mencionava um tratamento em El Salvador, também continha uma lista de medicamentos e alegações sobre seu estado de saúde. Contudo, a investigação revelou inconsistências, como um número de CRM que não correspondia ao médico indicado no documento. O ex-diretor estava sob medidas cautelares do STF, tendo rompido a tornozeleira eletrônica e deixado o Brasil sem autorização judicial, o que complicou ainda mais sua situação legal.

Como resultado dos fatos, o ministro Alexandre de Moraes decretou a prisão preventiva de Vasques, que já cumpria uma pena de 24 anos e seis meses por sua participação em uma trama golpista. A Procuradoria-Geral da República afirma que ele utilizou sua posição na PRF para influenciar o processo eleitoral de 2022. A prisão pode desencadear novas investigações sobre a atuação de Vasques e suas conexões com outros envolvidos no caso.

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