O Banco Central anunciou que o setor público consolidado teve um déficit de R$ 87,217 bilhões em novembro, uma ligeira melhora em relação ao rombo de R$ 113,914 bilhões registrado em outubro. As despesas com juros do governo central, que inclui o Tesouro Nacional e a Previdência Social, totalizaram R$ 76,113 bilhões, enquanto os governos regionais e empresas estatais gastaram R$ 10,686 bilhões e R$ 418 milhões, respectivamente.
O total das despesas com juros do setor público no acumulado de janeiro a novembro atingiu R$ 855,800 bilhões, o que representa 7,61% do Produto Interno Bruto (PIB). Nos últimos 12 meses, esse montante alcançou R$ 981,917 bilhões, correspondendo a 7,77% do PIB. Esses números indicam uma pressão crescente sobre as contas públicas e levantam questões sobre a capacidade do governo em manter a sustentabilidade fiscal em um cenário de dívida alta.
As implicações desse cenário são significativas, pois o aumento contínuo das despesas com juros pode limitar o espaço fiscal do governo para investir em áreas essenciais como saúde e educação. A trajetória de gastos também pode impactar a confiança dos investidores e influenciar decisões de política monetária futuras. Assim, a gestão responsável e a busca por soluções para equilibrar as contas públicas são fundamentais para a estabilidade econômica do país.

