Um estudo recente da Confederação Nacional das Instituições Financeiras (Fin) revela que, desde 2011, o setor financeiro se destaca como o maior pagador de impostos federais no Brasil. A pesquisa, divulgada em 14 de dezembro de 2025, mostra que, entre 2016 e 2021, a indústria financeira arrecadou cerca de 10 pontos percentuais a mais em tributos do que sua participação no Produto Interno Bruto (PIB) indicava.
A carga tributária do Brasil é superior à de 75% dos países, aproximando-se de níveis vistos em economias desenvolvidas. Ao mesmo tempo, o estudo aponta que 4,5% do PIB é destinado a reduções de impostos para setores específicos, o que gera desigualdades no pagamento de tributos. O debate sobre a carga tributária entre fintechs e bancos também se intensifica, com diferentes visões sobre quem arca com os maiores impostos no país.
Com a atividade financeira representando 4,8% do PIB brasileiro em 2024, e um crescimento previsto de 7,5% em 2023, a pesquisa indica que o setor é crucial para o emprego e a arrecadação pública. A presidente da Fin, Cristiane Coelho, enfatiza que um ambiente econômico favorável pode ampliar ainda mais a contribuição do setor ao país. O estudo também destaca o avanço do crédito privado e a popularização das transações eletrônicas, evidenciando o dinamismo do setor financeiro brasileiro.

