Em 2024, o Brasil registrou 5,9 milhões de empregos no setor cultural, conforme dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no dia 12 de dezembro. Esse número é o maior da série histórica iniciada em 2014, mantendo a proporção de 5,8% dos ocupados. A pesquisa destaca que, apesar de um perfil mais escolarizado, com 30,1% dos trabalhadores tendo nível superior, a informalidade é uma preocupação significativa, alcançando 44,6% no setor.
O levantamento também revela variações regionais marcantes. São Paulo, Rio de Janeiro e Ceará lideram em proporção de empregos culturais, enquanto Acre, Amapá e Rondônia apresentam os índices mais baixos. Entre as capitais, Florianópolis se destaca com 10,7% de sua população empregada no setor, refletindo um cenário de oportunidades, mas também de desafios relacionados à informalidade e à desigualdade salarial, especialmente entre gêneros.
As disparidades salariais são evidentes no setor, onde o rendimento médio dos homens alcançou R$ 3.898, enquanto o das mulheres foi de R$ 2.560, resultando em uma diferença de 34%. Além disso, o rendimento médio real no setor cultural caiu 2% em relação ao ano anterior, contrastando com o crescimento de 3,5% observado em outras áreas da economia. Esse cenário exige atenção das políticas públicas para promover a formalização e a equidade de gênero no mercado de trabalho cultural.