Na véspera da votação do projeto de lei da Dosimetria na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, as opiniões entre os senadores se mostram polarizadas. O relator Esperidião Amin (PP-SC) defende a aprovação do PL com modificações mínimas, enquanto o presidente da CCJ, Otto Alencar (PSD-BA), manifesta sua oposição ao texto. Já o senador Alessandro Vieira (MDB-SE) propõe que a proposta seja arquivada e um novo projeto seja discutido.
A proposta, que reduz penas para condenados por tentativa de golpe de Estado, levanta preocupações sobre brechas que poderiam beneficiar criminosos em geral, incluindo casos de corrupção e violência sexual. Amin tenta garantir que a emenda proposta por Vieira preserve o intuito original do projeto, focando apenas nos eventos do 8 de Janeiro. No entanto, Alencar considera que as mudanças são insuficientes e que o projeto deve voltar à Câmara dos Deputados se sofrer alterações significativas.
As divergências na CCJ refletem um debate mais amplo sobre a legislação penal e suas repercussões na sociedade. A votação do PL da Dosimetria, marcada para esta quarta-feira, poderá ter implicações duradouras sobre como o sistema judiciário lida com crimes políticos e seus desdobramentos. Com a pressão crescente sobre os senadores, a forma como o projeto será tratado pode alterar a dinâmica política e legislativa nos próximos meses.