Na véspera da votação do projeto de lei da Dosimetria na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, os senadores se dividem sobre o destino do texto. O relator Esperidião Amin (PP-SC) propõe aprová-lo com alterações mínimas, enquanto o presidente da CCJ, Otto Alencar (PSD-BA), é contrário à sua aprovação. Alessandro Vieira (MDB-SE) sugere que o projeto seja arquivado e que uma nova proposta seja discutida.
As discussões em torno do PL da Dosimetria revelam um cenário de divergências nas prioridades políticas dos senadores. Embora todos reconheçam que a versão atual do projeto tem brechas que podem favorecer criminosos, o debate sobre como corrigir essas falhas persiste. Amin defende uma emenda de redação que manteria o foco original do projeto, enquanto Alencar contesta a viabilidade dessa abordagem, exigindo uma correção mais significativa.
As implicações da votação do PL são amplas, uma vez que ele pode reduzir penas para condenados por tentativas de golpe de Estado, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro. O resultado dessa discussão na CCJ influenciará não apenas a tramitação do projeto, mas também a percepção pública sobre a responsabilidade legislativa em relação a questões de justiça e segurança no país. A falta de um consenso claro pode dificultar a aprovação do texto no plenário e afetar a agenda política do Senado.