O senador Alessandro Vieira (MDB) informou que, após o recesso parlamentar, começará a coleta de assinaturas para a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). A investigação focará em um contrato de R$ 129 milhões entre o Banco Master e o escritório da advogada Viviane Barci de Moraes, esposa do ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes. Segundo Vieira, o acordo estaria fora dos padrões da advocacia e levanta suspeitas sobre a atuação direta do magistrado em favor do banco.
O contrato, assinado em janeiro do ano passado, estipulava pagamentos mensais de R$ 3,6 milhões ao escritório da família de Moraes por três anos. Além disso, a colunista Malu Gaspar revelou que Moraes teria feito pressões junto ao presidente do Banco Central para a aprovação de um negócio envolvendo o Banco Master, o que não foi confirmado por nenhum dos envolvidos. Tais informações, conforme o senador, são gravíssimas e demandam uma investigação rigorosa para verificar sua veracidade.
As implicações desse caso são significativas, pois envolvem a integridade do sistema judiciário e levantam questões sobre a relação entre o poder público e instituições financeiras. O controlador do Banco Master, Daniel Vorcaro, já está sob investigação por crimes financeiros, e a situação poderá se agravar com a abertura da CPI. A coleta de assinaturas por Vieira sinaliza um movimento importante para a responsabilização em casos de possíveis irregularidades na administração pública.