Alessandro Vieira, relator da CPI do Crime Organizado no Senado, declarou que o Brasil pode em breve registrar a prisão de um ministro dos tribunais superiores. Sua afirmação se baseia em uma investigação sobre um suposto esquema de venda de sentenças no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e sobre a carona do ministro Dias Toffoli em um jatinho associado a um empresário, que também levava um advogado de um ex-diretor de banco para um evento esportivo.
Durante a audiência, Vieira criticou comportamentos que considera inaceitáveis, como aceitar caronas em jatinhos pagos pelo crime organizado. Ele lembrou que o Brasil já teve figuras proeminentes como presidentes e governadores presos, mas a prisão de um ministro do tribunal superior ainda não ocorreu, o que, segundo ele, está se aproximando. Essa declaração gerou descontentamento e discussões sobre a ética na magistratura.
Em resposta, o ministro Ricardo Lewandowski defendeu a importância de respeitar as normas éticas e a legislação penal, afirmando que existem mecanismos suficientes para prevenir infrações. Ele destacou a necessidade de uma fiscalização mais rigorosa para garantir a integridade das instituições. O debate em torno das acusações e das práticas éticas na Justiça brasileira continua a ganhar atenção, levantando questões sobre a confiança pública no sistema judiciário.

