José Mário Schreiner, presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), apresentou uma análise crítica sobre a realidade do agronegócio brasileiro em entrevista recente. Ele destacou os impactos do tarifaço norte-americano, a alta inadimplência no setor e a influência negativa das políticas fiscais do governo federal. Apesar dos recordes de produção, Schreiner enfatizou que os custos elevados e a queda nos preços estão prejudicando os produtores rurais.
O presidente da Faeg mencionou que a inadimplência no agronegócio passou de menos de 1% para 11% em apenas um ano, ressaltando a necessidade de renegociação de dívidas e a falta de um seguro rural eficiente. Ele também criticou a baixa oferta de crédito e as barreiras comerciais impostas pela União Europeia, que podem afetar a competitividade do Brasil no mercado internacional. A situação é preocupante, pois muitos produtores enfrentam dificuldades financeiras, com alguns até vendendo propriedades para manter a atividade agrícola.
Em relação ao futuro, Schreiner alertou sobre os desafios climáticos e as barreiras comerciais que podem surgir até 2026, além de reafirmar a importância do agronegócio para a economia nacional. Com 27% do PIB e uma significativa contribuição para as exportações e empregos, o setor continua a ser um pilar fundamental do país, apesar das adversidades. Ele concluiu que é essencial que o governo escute as demandas do agronegócio e busque soluções eficazes para os problemas enfrentados pelos produtores.

