Nesta sexta-feira (26), São Paulo atingiu uma temperatura recorde de 36,2°C na base do Mirante de Santana, na zona norte da cidade. Esse valor é o maior já registrado para o mês de dezembro desde que as medições começaram, em 1961, evidenciando a intensificação da onda de calor que afeta a região. A previsão é de que as altas temperaturas continuem até o dia 29, seguidas por tempestades no final de semana.
Este fenômeno de calor extremo é resultado de um bloqueio atmosférico que tem impedido a ocorrência de chuvas na região. Além disso, a situação hídrica é alarmante, com os reservatórios da região metropolitana de São Paulo apresentando apenas 26% de sua capacidade, cerca de 30% a menos do que em 2013, ano marcado por uma seca severa. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) já registrou nove chamadas relacionadas à exposição ao calor desde o início do mês.
Diante desse cenário crítico, a Secretaria Municipal da Saúde orienta a população a ficar atenta a sintomas de desconforto causados pelo calor, como sede excessiva e confusão mental. A situação exige cuidados especiais, especialmente com a saúde da população vulnerável. A combinação de altas temperaturas e baixa disponibilidade de água gera preocupações tanto para a saúde pública quanto para a gestão dos recursos hídricos na cidade.