Em 2025, os preços dos alimentos no Brasil apresentaram um alívio inesperado, beneficiados por uma safra abundante e pela desvalorização do dólar. Contudo, especialistas preveem que essa situação favorável pode não se repetir em 2026, especialmente em um ano eleitoral, onde a instabilidade política pode influenciar a economia. A expectativa é que a combinação de uma nova safra de grãos e a pressão cambial crie um cenário desafiador para o controle da inflação alimentar.
A análise de economistas indica que o ambiente de eleições tende a intensificar a desvalorização do real, dificultando a manutenção de preços acessíveis. Com o aumento da demanda por exportações e a pressão sobre a política fiscal, a perspectiva é de que, mesmo com uma safra volumosa, o câmbio não favoreça a redução de preços. Especialistas alertam que a relação entre a produção interna e os preços no mercado interno pode ser afetada, limitando os benefícios esperados da colheita.
Enquanto a inflação de alimentos apresentou quedas significativas em 2025, as projeções para 2026 sinalizam um aumento nos custos, especialmente nas carnes, devido a fatores como o abate de fêmeas para reprodução. Os especialistas afirmam que a estabilidade do câmbio não deve ser suficiente para evitar pressões inflacionárias, sugerindo um cenário de preços mais altos para os consumidores. Assim, o futuro econômico requer atenção às variáveis cambiais e às implicações das políticas públicas em um ano eleitoral.

