Uma reportagem do The New York Times, divulgada em dezembro de 2025, afirma que a Rússia estaria utilizando o México como um ponto estratégico para operações de espionagem direcionadas aos Estados Unidos. A matéria revela que agentes expulsos de nações como os EUA e o Reino Unido teriam encontrado no território mexicano uma oportunidade favorável para se realocar e manter acesso ao país vizinho, intensificando suas atividades desde o início do conflito na Ucrânia.
A presença russa no México é analisada sob diferentes perspectivas. Enquanto alguns especialistas, como um ex-coordenador de Inteligência da Embaixada dos EUA, afirmam que a embaixada russa serve como um hub para espionagem, críticos consideram essa narrativa como uma forma de justificar a ingerência dos EUA na política mexicana. A ideia de que o México poderia novamente se tornar um centro de espionagem, como foi durante a Guerra Fria, é um ponto de debate entre analistas.
As implicações dessa situação são complexas, especialmente no que diz respeito à segurança e à soberania mexicana. O aumento do número de diplomatas russos no país, cerca de 60% desde o início da guerra na Ucrânia, levanta preocupações sobre a influência russa e suas operações de desinformação. Especialistas alertam que o governo mexicano pode subestimar o impacto dessas atividades, especialmente diante das ameaças de sanções dos EUA sobre os cartéis de drogas.

