Em 15 de dezembro de 2025, o Tribunal Distrital de Tverskoy, em Moscou, classificou a banda punk feminista Pussy Riot como uma ‘organização extremista’. Essa decisão proíbe todas as atividades da banda em território russo e permite a perseguição criminal de qualquer pessoa associada ao grupo, que já enfrentava restrições severas em seu funcionamento.
Fundada em 2011, a Pussy Riot ganhou notoriedade internacional por suas críticas contundentes à administração do presidente Vladimir Putin, especialmente durante protestos emblemáticos como o realizado na Catedral de Cristo Salvador em 2012. Após a invasão da Ucrânia em 2022, muitos integrantes do grupo fugiram da Rússia, estabelecendo-se no exterior, e a nova classificação judicial reflete uma continuidade na repressão a vozes dissidentes no país.
A decisão judicial não apenas intensifica a censura sobre a banda, mas também busca apagar sua memória da consciência pública russa, como afirmou uma das fundadoras, Nadya Tolokonnikova. A proibição formal das atividades do Pussy Riot representa um passo preocupante para a liberdade de expressão na Rússia, evidenciando um ambiente cada vez mais hostil para dissidentes e ativistas.

