Na quinta-feira, 4 de dezembro, os presidentes da Ruanda e da República Democrática do Congo assinaram um acordo de paz em Washington, com mediação dos Estados Unidos. Este pacto visa pôr fim a um conflito que já dura mais de duas décadas, que começou em 1998. Durante a cerimônia, o presidente americano destacou a importância do acordo para a estabilidade regional e a colaboração econômica entre os países envolvidos.
O acordo não apenas estabelece um cessar-fogo permanente, mas também aborda questões cruciais como o desarmamento de grupos não estatais e o retorno de refugiados. A inclusão de um componente econômico, que concede aos EUA acesso preferencial a minerais estratégicos, reflete o interesse dos Estados Unidos em diversificar suas fontes de recursos e reduzir a dependência da China. Os líderes africanos expressaram sua gratidão pela mediação americana, mas ressalvaram que a responsabilidade pela paz futura recai sobre eles.
Apesar do otimismo demonstrado na assinatura do pacto, a situação no leste da República Democrática do Congo continua tensa, com a presença de múltiplos grupos armados. O impacto desse acordo ainda será avaliado, especialmente em um contexto onde os interesses econômicos dos EUA e das elites locais podem não necessariamente beneficiar a população congolense. O caminho para a paz duradoura exigirá esforços contínuos e colaboração efetiva entre os países da região.


