No último domingo, 7 de dezembro, a Biblioteca Mário de Andrade, situada no Centro de São Paulo, foi alvo de um roubo que resultou na subtração de valiosas gravuras de artistas renomados, incluindo Candido Portinari e Henri Matisse. O valor estimado das obras varia entre R$ 700 mil e R$ 1 milhão, conforme avaliação de especialistas ouvidos pelo Estadão. Dois homens armados entraram na biblioteca por volta das 10h, rendendo os seguranças e fugindo com as peças artísticas.
A ação criminosa foi registrada pelo sistema de monitoramento Smart Sampa, e a Polícia Militar conseguiu prender um dos suspeitos na segunda-feira, 8, com base nas imagens das câmeras de segurança. As gravuras faziam parte da exposição “Do livro ao museu: MAM São Paulo e a Biblioteca Mário de Andrade”, que estava em seu último dia. Especialistas em arte ressaltam que o impacto do roubo vai além do valor monetário, afetando o patrimônio cultural público e a percepção de segurança em espaços culturais.
A Prefeitura de São Paulo notificou a Interpol para evitar que as obras roubadas sejam comercializadas fora do país. A Secretaria de Cultura enfatizou que as peças possuem um valor histórico e cultural que não pode ser medido apenas em termos financeiros. O desdobramento desse crime levanta questões sobre a proteção do patrimônio artístico e o funcionamento de medidas de segurança em instituições culturais.

