A plataforma Resolvvi refutou as declarações da Associação Brasileira das Empresas Aéreas, que indicaram um suposto ‘excesso de judicialização’ gerando prejuízos de 1,4 bilhão de reais anualmente. Em suas alegações, a Abear afirma que esse cenário representa cerca de 5% do faturamento das companhias aéreas, mas a Resolvvi argumenta com dados financeiros das próprias empresas que contradizem essa narrativa.
A Resolvvi revelou que as três maiores companhias aéreas do Brasil, Azul, Gol e Latam, reportaram receitas superiores a 60 bilhões de reais em 2024. Além disso, as provisões para contingências jurídicas não ultrapassam 2% dos custos totais do setor, sugerindo que o impacto financeiro real das demandas judiciais é significativamente menor do que o afirmado pela Abear. A análise do cofundador da Resolvvi, Bruno Arruda, destaca que muitos processos resultam em acordos ou improcedências, o que altera a percepção do custo real.
Outro ponto importante levantado pela Resolvvi é que a maioria dos passageiros que recorre à Justiça já tentou resolver suas questões diretamente com as companhias aéreas, mas sem sucesso. Dados do Instituto Brasileiro de Política e Direito do Consumidor indicam que mais de 90% dos passageiros que processaram as empresas buscam inicialmente uma solução amigável. A situação evidencia a complexidade das relações entre consumidores e companhias aéreas e a necessidade de um diálogo mais eficaz entre as partes.