Resistência à indicação de Messias ao STF evidencia crise política no Brasil

Jackelline Barbosa
Tempo: 2 min.

A indicação do advogado-geral da União, Jorge Messias, ao Supremo Tribunal Federal (STF) gerou uma crise política significativa antes mesmo do início da tramitação formal. A resistência à sua nomeação vem não apenas da oposição, mas também de partidos centristas e do descontentamento do presidente do Senado, Davi Alcolumbre, após a escolha feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Além do desgaste político, Messias intensificou esforços para conquistar o apoio de senadores, realizando reuniões e contatos diretos. Para ser aprovado, ele precisa de no mínimo 41 votos, um número que atualmente parece incerto. A falta de uma mobilização coordenada entre as lideranças da base governista e o posicionamento cauteloso de partidos como PL, PSD e MDB indicam que a votação deve ser fragmentada, aumentando o desafio para o governo.

A resistência a Messias, segundo especialistas, não se limita à sua pessoa, mas reflete uma crise mais ampla entre o Executivo e o Legislativo. A condução da indicação, marcada por tensões e descontentamentos, exacerbou um ambiente político já delicado. Com a sabatina marcada para o dia 10 de dezembro, o governo se vê diante de um dilema que pode impactar sua governabilidade, e a possibilidade de derrota representa um constrangimento significativo.

Compartilhe esta notícia