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Relatório revela queda da pobreza na Argentina, mas índices oficiais são contestados

Gustavo Henrique Lima
Tempo: 2 min.

Um relatório recente do Observatório da Dívida Social da Universidade Católica Argentina, divulgado em 4 de dezembro de 2025, indica que a pobreza e a indigência no país apresentaram redução no último ano. Ao final do terceiro trimestre, os índices de pobreza chegaram a 36,3% e a indigência a 6,8%, valores que superam as estimativas oficiais do governo. O estudo foi elaborado em meio a um contexto de crescente preocupação com a precisão das estatísticas sociais na Argentina.

Segundo o sociólogo Agustín Salvia, que dirige o observatório, a recuperação foi mais visível entre os segmentos de baixa renda que haviam sofrido com a inflação e a desvalorização nos meses iniciais de 2024. Embora os dados oficiais do Instituto Nacional de Estatísticas indiquem uma pobreza de 31,6% para o primeiro semestre de 2025, as medições da UCA frequentemente apontam números mais altos, levantando questões sobre a metodologia utilizada nas análises oficiais. Salvia também criticou a cesta básica utilizada nas medições oficiais, que considera desatualizada.

O relatório sugere que, apesar da redução dos índices, a pobreza estrutural ainda é uma realidade desafiadora no país. Embora o presidente Javier Milei tenha implementado medidas que reduziram a inflação drasticamente, os programas de transferência de renda, como a Alocação Universal por Filho, continuam a ser essenciais para aliviar a situação econômica das famílias. A análise indica que, mesmo com os avanços recentes, a insegurança alimentar e o estresse econômico permanecem preocupações significativas para muitos argentinos.

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