De acordo com um relatório da ONG ‘Caminando Fronteras’, mais de 3.000 migrantes perderam suas vidas enquanto tentavam chegar à Espanha em 2025, com dados divulgados em 29 de dezembro. A maior parte das 3.090 mortes registradas até meados de dezembro ocorreu na perigosa rota atlântica que conecta a África às ilhas Canárias, um dos trajetos mais arriscados do mundo para migrantes.
O estudo, baseado em chamadas de socorro e relatos de familiares, destaca uma queda significativa de 40,4% no número de chegadas de migrantes irregulares à Espanha em comparação com 2024, totalizando 35.935 até o final do ano. Apesar dessa redução, a ONG alerta para o surgimento de novas rotas migratórias, especialmente a partir de Guiné-Conacri, que se mostram igualmente arriscadas e podem intensificar os desafios enfrentados por migrantes.
Entre as vítimas estão 192 mulheres e 437 crianças, conforme indicado pelo relatório. O aumento da migração irregular entre a Argélia e as ilhas de Ibiza e Formentera também foi observado, acendendo um alerta sobre as condições de segurança e as políticas de migração na região. A situação revela a complexidade da crise migratória e a necessidade urgente de medidas eficazes para proteger a vida dos migrantes.

