O relatório GEO7, divulgado no dia 9 de dezembro de 2025 em Nairóbi, revela que a inação frente aos desafios climáticos pode acarretar milhões de mortes e enormes prejuízos financeiros. A publicação do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente enfatiza que a falta de medidas poderá custar até US$ 143 bilhões anuais, além de afetar negativamente o PIB global, com uma previsão de redução de 4% até 2050.
O documento também apresenta soluções que poderiam evitar 9 milhões de mortes prematuras e tirar 200 milhões de pessoas da subnutrição. Para isso, é necessário um investimento anual de US$ 8 trilhões, destinado a neutralizar as emissões de gases do efeito estufa e promover a conservação da biodiversidade. A diretora do Pnuma, Inger Andersen, ressalta que a inação representa custos ainda mais elevados, superiores aos investimentos propostos.
Os cientistas envolvidos no relatório alertam que a transformação necessária não é uma opção, mas uma exigência. As recomendações apresentadas visam motivar os países a continuarem os progressos feitos nas negociações climáticas, especialmente após a COP30. A mudança de modelos econômicos e a adoção de indicadores que vão além do PIB são sugeridas como passos essenciais para garantir um futuro sustentável e resiliente.

