Um relatório do IPC, divulgado em 19 de dezembro de 2025, indica que a Faixa de Gaza não se encontra mais em situação de fome, devido à melhoria no fluxo de ajuda humanitária após o cessar-fogo entre Israel e Hamas, iniciado em 10 de outubro. No entanto, o órgão ressalta que a região ainda enfrenta uma crise humanitária severa e permanece vulnerável a retrocessos, com mais de 100 mil pessoas em condições catastróficas.
Quatro meses antes, o IPC havia alertado que cerca de 514 mil palestinos viviam fome extrema em Gaza. Embora a situação tenha melhorado, a atualização mais recente aponta que a área ainda está em fase de emergência, e qualquer interrupção no acesso humanitário ou um retorno das hostilidades poderiam revertê-la rapidamente, colocando em risco a segurança alimentar da população até abril de 2026.
Além da situação alimentar, o controle da ajuda humanitária por Israel e as divergências entre as autoridades locais e o governo israelense quanto aos números da assistência enviada refletem a complexidade do cenário. Enquanto Israel afirma que a ajuda é suficiente e os preços dos alimentos caíram, o Hamas e agências humanitárias contestam esses dados, destacando que a assistência ainda é insuficiente para atender às necessidades emergentes da população, especialmente entre crianças e mulheres grávidas ou lactantes.

