Recontagem de votos em Honduras enfrenta bloqueios e protestos

Bruno de Oliveira
Tempo: 1 min.

Mais de duas semanas após as eleições presidenciais em Honduras, a recontagem especial dos votos, prevista para começar na semana passada, permanece paralisada. Os protestos, impulsionados por apoiadores do partido governista Libertad y Refundación (LIBRE), bloqueiam o acesso ao Conselho Nacional Eleitoral (CNE), dificultando o trabalho das equipes responsáveis pela revisão manual das atas eleitorais.

Cerca de 15% das atas eleitorais apresentam inconsistências, o que pode alterar o resultado preliminar da eleição. O opositor Nasry Asfura, do Partido Nacional, lidera com uma vantagem de mais de 43.000 votos sobre Salvador Nasralla, do Partido Liberal. O LIBRE e Nasralla exigem uma recontagem total, mas a presidente do CNE, Ana Paola Hall, ressalta que não existem evidências concretas que justifiquem essa demanda.

Os resultados oficiais da eleição devem ser confirmados até 30 de dezembro, e as tensões políticas aumentam à medida que o LIBRE convoca novos protestos, alegando um “golpe eleitoral”. A situação se complica ainda mais com a influência do governo dos Estados Unidos, que, segundo os manifestantes, estaria condicionando seu apoio à vitória de Asfura, intensificando a crise política no país.

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