A autora compartilha suas experiências ao levar seu Dachshund, Umutuzo, para passeios em espaços sociais na França. Ela observa que a presença do cachorro altera drasticamente a forma como ela e seu noivo são tratados por estranhos, revelando questões profundas de raça e classe. A interação positiva com outros proprietários de cães contrasta com a invisibilidade que sentem quando estão sem o animal.
A autora reflete sobre como Umutuzo age como um ‘passaporte’ para uma aceitação social que geralmente não experimentam. A condição de ter um cachorro de raça pura parece desafiar preconceitos raciais, permitindo interações que seriam improváveis em outras circunstâncias. Essa dinâmica evidencia a forma como a aparência e o status social influenciam a percepção e a interação entre as pessoas.
Em última análise, a narrativa sugere que a aceitação e a simpatia podem ser temporárias e relacionadas à presença de Umutuzo, levantando questões sobre o valor social atribuído a animais de estimação. A autora conclui que o cachorro não é apenas um animal de estimação, mas uma ferramenta que expõe as complexidades das interações humanas e preconceitos enraizados em nossa sociedade.


