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Queda nas taxas dos DIs reflete crescimento do PIB abaixo do esperado

Thiago Martins
Tempo: 2 min.

As taxas dos DIs encerraram a quinta-feira em baixa, influenciadas por um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil de apenas 0,1% no terceiro trimestre, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado veio abaixo da expectativa de analistas, que previam uma alta de 0,2%. Além disso, o leilão de títulos prefixados realizado pelo Tesouro Nacional também impactou as taxas, com uma oferta significativamente menor em comparação à semana anterior.

A taxa do DI para janeiro de 2028 caiu para 12,73%, enquanto a taxa para janeiro de 2035 registrou 13,01%. A desaceleração do crescimento econômico, que foi de 1,5% no primeiro trimestre e 0,3% no segundo, levanta discussões sobre cortes na taxa Selic, atualmente em 15% ao ano. Profissionais do mercado, como gestores de fundos de investimento, destacam que a situação atual cria um ambiente favorável para a redução da taxa de juros.

O leilão realizado pelo Tesouro, que ofertou apenas 10,5 milhões de títulos, gerou uma valorização dos preços e uma consequente queda nas taxas. O cenário também é influenciado pelas expectativas de cortes de juros nos Estados Unidos, que podem impactar as decisões do Banco Central brasileiro. Com mais de 80% de probabilidade de um corte na Selic em janeiro, as taxas dos DIs seguem pressionadas, mesmo diante de ganhos nos rendimentos dos Treasuries norte-americanos.

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