Quebra de patente de canetas emagrecedoras pode impulsionar ações da B3

Marcela Guimarães
Tempo: 2 min.

A recente negativa do Tribunal de Justiça em relação à extensão da patente da semaglutida, princípio ativo das canetas emagrecedoras, promete transformar o cenário do mercado farmacêutico brasileiro. Com a expiração da patente prevista para março de 2026, analistas avaliam que a entrada de genéricos poderá democratizar o acesso a esses medicamentos, atualmente restritos a uma minoria da população devido aos altos preços.

De acordo com o Morgan Stanley, a quebra da patente pode levar a uma redução de até 70% no preço do medicamento, que atualmente varia entre R$ 800 e R$ 1.600 por mês. A expectativa é que, até 2030, os GLP-1 representem aproximadamente 10% do mercado farmacêutico nacional, com um aumento significativo no número de usuários, que pode saltar de 1,8 milhões para 7,6 milhões até 2027. Empresas como RD Saúde e Hypera estão bem posicionadas para aproveitar essa oportunidade, com participação significativa no mercado.

Além das farmacêuticas, outros setores também podem ser impactados pela popularização dos GLP-1. O consumo de alimentos e bebidas, por exemplo, pode sofrer alterações, com a expectativa de uma queda no consumo de álcool e um aumento na demanda por proteínas. Com o cenário em evolução, o mercado observa atentamente os desdobramentos que essa mudança pode trazer, tanto para a saúde pública quanto para o setor econômico no Brasil.

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