O Partido dos Trabalhadores (PT) divulgou uma cartilha que critica a atuação da Polícia Militar, apontando viés racista e a cultura de combate herdada da ditadura. O documento, que será debatido em um seminário no Rio de Janeiro, enfatiza o preconceito histórico contra comunidades pobres e negras, além de condenar a lógica de ‘combate ao inimigo interno’ que permeia as operações policiais.
Segundo a cartilha, a militarização das polícias estaduais resulta em uma abordagem repressiva, onde a maioria dos casos de violência policial não é adequadamente investigada. O presidente do PT, durante o seminário, lamentou a recente megaoperação que culminou em mais de cem mortes, enfatizando a falência do Estado em oferecer políticas públicas eficazes. A proposta do partido sugere uma reestruturação que priorize o policiamento comunitário, permitindo que a PM se concentre em crimes mais complexos.
As implicações da cartilha são significativas, pois refletem uma crescente demanda por reformas nas forças policiais do Brasil. O PT busca promover uma mudança no paradigma de segurança pública, ressaltando a necessidade de um trabalho preventivo e colaborativo com as guardas civis. A discussão sobre a reforma da Polícia Militar poderá influenciar o debate legislativo sobre segurança pública em um momento crítico para o governo federal.