Nesta segunda-feira (29), comerciantes de Teerã fecharam suas lojas pelo segundo dia consecutivo em protesto contra a deterioração da situação econômica no Irã. A crise é atribuída às sanções ocidentais e à acentuada desvalorização do rial, que alcançou mínimas históricas, sendo cotado a mais de 1,4 milhão por dólar. O descontentamento se intensifica à medida que a inflação atinge níveis alarmantes, afetando a vida cotidiana dos cidadãos.
O rial, que há um ano estava cotado a 820 mil por dólar, passou a registrar flutuações extremas, levando a um aumento significativo nos preços de diversos produtos. Os lojistas exigem uma resposta imediata do governo para estabilizar a moeda e implementar uma estratégia econômica clara. Além disso, manifestações foram relatadas em várias áreas comerciais do centro da capital, refletindo a insatisfação generalizada da população.
Em resposta à crise, o presidente iraniano, Masud Pezeshkian, manifestou sua intenção de combater a inflação, apresentando um orçamento que prevê aumento salarial de 20%, embora insuficiente diante da inflação anual que já atinge 52%. As autoridades também enfrentam críticas por sua lentidão em tratar as flutuações cambiais, enquanto a economia iraniana se vê pressionada por sanções internacionais e incertezas geopolíticas. O futuro econômico do país permanece incerto, à medida que as negociações com os Estados Unidos estão estagnadas.

