Milhares de agricultores de diversos países europeus tomaram as ruas de Bruxelas nesta quinta-feira, 18 de dezembro de 2025, para protestar contra a assinatura do acordo entre a União Europeia e o Mercosul. O evento, marcado para ocorrer no próximo sábado em Foz do Iguaçu, gerou tensões com a polícia, que teve que usar gás lacrimogêneo e canhões de água em resposta a ações dos manifestantes, que bloquearam estradas com tratores e realizaram atos de vandalismo.
Os agricultores expressam preocupações sobre a possibilidade de o acordo inundar o mercado europeu com produtos sul-americanos que não seguem as mesmas normas rigorosas da UE. Durante a cúpula do Conselho Europeu, os líderes discutiram o apoio financeiro à Ucrânia, mas as preocupações dos agricultores sobre o tratado dominaram a agenda. O presidente da França, Emmanuel Macron, reiterou sua oposição ao acordo, afirmando que ele é insuficiente para proteger a agricultura europeia.
Enquanto a cúpula avança, o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva alerta que um adiamento na assinatura do pacto pode resultar na perda definitiva do acordo. Com a pressão crescente de países como França e Itália, a expectativa é que novas cláusulas de salvaguarda sejam implementadas para mitigar os impactos das importações. A situação continua a evoluir, com possíveis desdobramentos que podem afetar não apenas o comércio entre os blocos, mas também as relações diplomáticas entre a UE e o Mercosul.

