Nesta quarta-feira, 17, agricultores bloquearam ruas em Bruxelas, Bélgica, como parte de um protesto contra o acordo de livre comércio entre a União Europeia e o Mercosul. Os manifestantes expressaram suas preocupações sobre a possibilidade de o pacto comprometer suas atividades econômicas, além de levantar questões sobre o impacto político que poderia favorecer a extrema-direita na região.
Durante o protesto, que ocorreu nas proximidades da cúpula de líderes da UE, a polícia utilizou gás lacrimogêneo e canhões de água para dispersar a multidão. Os agricultores, que se concentraram na Place Luxembourg, próxima ao Parlamento Europeu, exigem mudanças significativas no acordo, que foi alvo de críticas de líderes de países como França e Itália, os quais se opõem à sua assinatura na forma atual.
As tensões em torno do acordo são evidentes, com a primeira-ministra italiana e o presidente francês pedindo garantias para o setor agrícola. O presidente brasileiro, que busca finalizar o pacto, expressou descontentamento com a resistência europeia, enfatizando que a assinatura do acordo é crucial para o multilateralismo. Este cenário pode levar a um adiamento das negociações, impactando as relações comerciais entre a UE e a América do Sul.

