O professor de direito Lucas Kannoa destaca que, embora o Pix tenha revolucionado a forma como os brasileiros realizam transações financeiras, a rapidez do sistema também contribuiu para o aumento de fraudes. O Banco Central introduziu o Mecanismo Especial de Devolução (MED), que permite que os usuários contestem transações fraudulentas de maneira mais ágil, sem precisar recorrer inicialmente à Justiça.
Kannoa aponta que o déficit de letramento digital entre a população é uma barreira significativa, especialmente para idosos e aqueles com menor acesso à educação. Ele enfatiza que muitos consumidores não conseguem identificar os riscos associados ao uso do Pix e das redes sociais, o que os torna vulneráveis a golpes cada vez mais sofisticados. A responsabilização das instituições financeiras por falhas de segurança é outra questão importante que deve ser discutida.
O especialista sugere que a denúncia de golpes é crucial para que as autoridades possam coletar dados e combater a criminalidade. Além disso, ele recomenda que os usuários acionem imediatamente o MED, registrem um boletim de ocorrência e busquem suporte de órgãos como o Procon. No entanto, a principal defesa contra fraudes continua sendo a desconfiança e a cautela ao realizar transações financeiras.