Produtores de café robusta no Brasil estão investindo em novas técnicas de colheita e secagem para melhorar a qualidade de seus grãos. Essa mudança ocorre em resposta às ameaças das mudanças climáticas ao cultivo de arábica, que é tradicionalmente utilizado em cafés especiais. O Espírito Santo, estado que concentra a produção de robusta, visa aumentar a oferta de grãos de alta qualidade nos próximos anos.
Historicamente considerado um grão inferior, o robusta agora é valorizado devido à crescente demanda por cafés premium. Estudiosos e cooperativas, como a Cooabriel, estão implementando práticas modernas para garantir a excelência no cultivo, buscando certificar grandes quantidades como café especial. Com o aumento dos preços e do reconhecimento, os produtores estão se esforçando para atender consumidores mais exigentes e se adaptar às novas tendências do mercado.
A transformação no setor de robusta no Brasil não apenas reflete uma mudança nas preferências dos consumidores, mas também impulsiona a economia local. Com o objetivo de produzir 1,5 milhão de sacas de robusta especial até 2032, o estado se posiciona como um competidor global no mercado de cafés finos. Essa evolução pode redefinir a percepção do robusta, destacando seu potencial em blends e como uma opção viável frente ao arábica.

