A crescente ofensiva dos Estados Unidos contra o petróleo da Venezuela tem causado sérias repercussões em Cuba, especialmente no que diz respeito ao fornecimento de combustíveis. A apreensão de petroleiros destinados à ilha intensifica a crise energética, que já se manifestava em apagões e dificuldades econômicas. Especialistas apontam que essa estratégia é parte de um esforço deliberado da Casa Branca para minar o regime cubano.
Historicamente, Cuba dependeu do petróleo venezuelano desde a assinatura de acordos de cooperação entre os dois países. Com a redução das remessas, que caíram drasticamente nos últimos anos devido a sanções, o regime cubano enfrenta um cenário alarmante. A falta de recursos para adquirir petróleo em mercados internacionais, somada à escassez de alternativas, agrava ainda mais a situação, levando a um colapso potencial da infraestrutura energética da ilha.
As implicações desse cerco são profundas, pois a crise energética pode não apenas provocar um aumento nas tensões sociais em Cuba, mas também desafiar a resiliência do regime. A possibilidade de buscar novos fornecedores, como a Rússia e a China, ainda não garante uma solução viável. Com as condições atuais, as perspectivas de um alívio sustentável para a crise cubana permanecem sombrias, o que levanta questões sobre a continuidade da estabilidade política na ilha.

