A exportação de petróleo da Venezuela, administrada pela estatal PDVSA, enfrenta uma crise significativa após intensas ações dos Estados Unidos, incluindo a apreensão de um superpetroleiro e tentativas de interceptação de outros navios. Essas medidas foram implementadas enquanto a PDVSA tenta se recuperar de um recente ataque cibernético que comprometeu seus sistemas operacionais e atrasou o pagamento de salários a seus trabalhadores. A situação se agravou no dia 22 de dezembro de 2025, quando a maioria dos petroleiros começou a realizar apenas operações internas, restringindo severamente suas atividades de exportação.
As ações dos EUA, que incluem um bloqueio de todos os petroleiros sob sanções, foram reforçadas pelo governo do presidente Donald Trump, que busca pressionar o regime de Nicolás Maduro. Essas restrições têm impactos diretos na capacidade da PDVSA de operar no mercado internacional, resultando em um aumento no número de navios-tanque carregados que não conseguem deixar os portos. Consequentemente, a empresa se vê forçada a renegociar contratos e oferecer descontos para atrair clientes, complicando ainda mais sua situação financeira.
O impacto das restrições pode levar a cortes na produção petrolífera da Venezuela, um dos principais pilares da economia do país. A PDVSA luta não apenas para manter suas operações, mas também para restaurar a confiança do mercado diante das sanções internacionais e das dificuldades administrativas internas. A resposta das autoridades venezuelanas, que consideram as apreensões como atos de pirataria, destaca a tensão crescente nas relações internacionais e a fragilidade da economia venezuelana sob pressão externa.

