O presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, está prestes a anunciar um corte de 0,25 ponto percentual na taxa de juros dos Estados Unidos, na reunião agendada para a próxima quarta-feira, 10 de dezembro. Este movimento ocorre em meio a um ambiente de incertezas, onde a inflação elevada gera descontentamento entre os agentes do mercado, que questionam a eficácia dos cortes consecutivos aplicados recentemente.
As preocupações aumentam com a falta de dados econômicos recentes, exacerbada pelo shutdown do governo, que limitou a coleta de informações cruciais. Além disso, a divisão interna no Fed, com alguns dirigentes adotando uma postura mais cautelosa, pode influenciar a decisão sobre futuros cortes. A expectativa é que a análise dos dados à medida que a situação se normalize após o shutdown ajude a equilibrar as metas de controle da inflação e maximização do emprego.
Por outro lado, a iminente sucessão de Powell, que será anunciada pelo presidente Donald Trump, adiciona uma camada de complexidade à situação. Kevin Hassett, um aliado próximo de Trump, é considerado o favorito para ocupar o cargo, o que gera apreensão entre os investidores sobre a possível mudança na política monetária do Fed. Assim, enquanto os cortes de juros são esperados, os desdobramentos sobre a liderança futura da instituição podem alterar o rumo da economia americana.


