Na manhã de quarta-feira, 3, a Polícia Federal (PF) realizou buscas na 13ª Vara da Justiça Federal de Curitiba, local onde o ex-juiz e atual senador Sérgio Moro atuou durante a Lava Jato. A operação foi autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, e visa acessar documentos relacionados a doleiros e ao caso conhecido como ‘festa da cueca’, que teria ocorrido em 2003. Esta ação é parte de uma investigação mais ampla que envolve processos de corrupção e lavagem de dinheiro.
As buscas focaram em uma caixa de arquivo amarela e em documentos que, segundo fontes, podem conter informações cruciais sobre os laços entre doleiros e figuras proeminentes da política paranaense. O processo inclui doze inquéritos policiais e outros casos correlatos ocorridos entre 2005 e 2019, que podem esclarecer aspectos obscuros da Lava Jato. O senador Moro, que nega qualquer irregularidade, se vê novamente sob os holofotes devido às alegações feitas por colaboradores de sua antiga operação.
As implicações das buscas na 13ª Vara são significativas e podem reabrir discussões sobre a condução das investigações da Lava Jato e a atuação de Moro como juiz. A investigação inclui acusações de abusos no acordo de colaboração premiada de um empresário que atuou como ‘delator infiltrado’ sob as ordens de Moro. O resultado deste desdobramento pode afetar não apenas a reputação de Moro e de outros envolvidos, mas também a própria credibilidade da Lava Jato.