O Brasil vive uma crise institucional que emerge da crescente polarização política, afetando a eficiência econômica. A politização de aspectos cotidianos, desde decisões empresariais a debates sociais, criou um ambiente em que o diálogo é minimizado e a visão de mundo se torna limitada. Essa situação é preocupante, pois não apenas afeta a convivência social, mas também compromete as bases para decisões econômicas eficazes.
A polarização reflete-se em uma sociedade menos tolerante, onde a violência política se torna uma preocupação crescente. Dados de uma pesquisa recente indicam que, embora a violência não seja amplamente aceita, há uma divisão geracional nas percepções sobre seu impacto. Além disso, as análises econômicas falham em capturar o contexto político, tornando-se essenciais as discussões sobre como a polarização influencia as decisões de gastos governamentais e políticas monetárias.
Diante desse cenário, a administração pública se vê pressionada a competir pela legitimidade da narrativa política, o que resulta em um aumento significativo nos gastos com propaganda estatal. A eficiência do gasto público e a trajetória da dívida são severamente comprometidas, levando a um ciclo vicioso onde a polarização não apenas gera ineficiência, mas também limita a capacidade do governo de implementar reformas estruturais necessárias. Enquanto essa dinâmica persistir, investidores e economistas deverão estar atentos às implicações de um ambiente em que a narrativa política predomina sobre a realidade econômica.