O sistema de pagamentos instantâneos Pix, implementado pelo Banco Central em 2020, completou cinco anos, mas ainda deixa cerca de 23,6% da população brasileira à margem. Essa exclusão afeta principalmente pessoas de baixa renda, idosos e moradores de áreas rurais. Entre os que não utilizam a ferramenta, muitos enfrentam dificuldades relacionadas ao acesso à internet e à falta de dispositivos tecnológicos adequados.
A pesquisa aponta que a adesão ao Pix é significativamente maior entre os jovens e indivíduos com alta renda, enquanto aqueles com menos escolaridade e acesso à tecnologia enfrentam barreiras que dificultam a utilização do sistema. Especialistas, como a pesquisadora Viviane Fernandes, destacam a importância de fortalecer a inclusão digital, sugerindo que o Banco Central desenvolva alternativas acessíveis, como o Pix Offline, que permitiria transações sem conexão à internet.
Com o avanço da digitalização, é essencial encontrar soluções que garantam que todos os brasileiros, independentemente de sua condição socioeconômica, possam aproveitar os benefícios do Pix. O aumento da inclusão digital não só beneficiaria a economia, mas também promoveria uma maior equidade social no acesso aos serviços financeiros. A urgência na implementação dessas medidas é evidente, pois a exclusão digital se torna um fator que agrava a desigualdade no país.

