O Brasil se prepara para a divulgação dos resultados do Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre de 2025, marcada para esta quinta-feira, 4 de dezembro. As previsões apontam para um crescimento modesto entre 0,1% e 0,3% em relação ao trimestre anterior, com uma expansão anual prevista entre 1,6% e 1,8%. Embora a indústria se projete como um ponto positivo, especialmente o setor extrativo, os serviços devem apresentar uma desaceleração significativa após um primeiro semestre robusto.
O Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) já sinalizou uma leve queda de 0,20% em setembro, refletindo uma contração de 0,9% na atividade econômica em comparação ao trimestre anterior. Segundo especialistas, a desaceleração é esperada, uma vez que o setor agrícola, que havia impulsionado o crescimento inicial do ano, não deve reproduzir os mesmos resultados. O ritmo mais lento da indústria e de serviços, especialmente os voltados para o consumidor, corroboram essa tendência de moderação na economia nacional.
As implicações dessa desaceleração são amplas, afetando o consumo e os investimentos, que também devem apresentar crescimento mais baixo devido ao cenário de juros altos e endividamento crescente. As previsões do Itaú indicam que o PIB pode crescer até 2,2% em 2025, mas com riscos associados à dinâmica do mercado de crédito. O cenário sugere que a recuperação econômica exigirá atenção cuidadosa sobre as políticas fiscais e monetárias para mitigar os impactos negativos sobre a população e o mercado de trabalho.