Nesta terça-feira (9), o procurador-geral da República, Paulo Gonet, reiterou seu pedido pela condenação de seis réus do Núcleo 2, envolvidos em uma tentativa de golpe que visava a permanência do ex-presidente Jair Bolsonaro no poder. Gonet argumentou que os acusados desempenharam papéis cruciais em um plano que ameaçava os fundamentos do Estado Democrático de Direito e apresentou evidências sobre a adesão dos réus a propósitos ilícitos.
Durante sua apresentação, o procurador destacou o plano denominado ‘Punhal Verde Amarelo’, que delineava estratégias de tomada de poder, incluindo ações violentas contra o então presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva e outros. Além disso, Gonet mencionou que um dos réus, o general Mário Fernandes, admitiu sua responsabilidade pelo plano em depoimento, o que reforça a seriedade das acusações. A mobilização da Polícia Rodoviária Federal para dificultar o acesso de eleitores em áreas favoráveis a Lula também foi apontada como parte da estratégia golpista.
O julgamento destes réus ocorre em um contexto onde o Supremo Tribunal Federal já condenou 24 pessoas por envolvimento em atos relacionados ao golpe. A defesa dos réus nega as acusações, alegando falta de provas, enquanto o desdobramento do julgamento poderá influenciar futuras decisões sobre a responsabilização dos envolvidos. A continuidade das investigações e os desfechos dos processos em curso sinalizam um momento crítico para a democracia brasileira.

