Nesta terça-feira (9), o procurador-geral da República, Paulo Gonet, defendeu a condenação de seis réus do Núcleo 2 da trama golpista que tentou manter o ex-presidente Jair Bolsonaro no poder, mesmo após sua derrota nas eleições de 2022. Gonet afirmou que os acusados tiveram um papel fundamental no complô, que incluía planos violentos para desestabilizar o Estado Democrático de Direito, como o assassinato de importantes figuras políticas e a mobilização de instituições para obstruir a votação.
Durante sua apresentação, Gonet destacou o plano denominado Punhal Verde Amarelo, um documento encontrado nas investigações que delineava a operação de tomada de poder. O procurador mencionou que o general Mário Fernandes, um dos réus, admitiu a autoria do plano em seu depoimento, o que reforça a gravidade das acusações. Além disso, foram citadas tentativas de interferência na circulação de eleitores no dia do segundo turno das eleições, o que adiciona mais camadas ao caso.
O julgamento no Supremo Tribunal Federal está em andamento, e as defesas dos réus negam qualquer envolvimento com o complô, alegando falta de provas. Até agora, o STF já condenou 24 pessoas relacionadas a essa trama, e os desdobramentos desse julgamento podem influenciar futuras decisões sobre a responsabilização dos envolvidos nas tentativas de golpe. A atenção permanece voltada para como o tribunal irá decidir sobre as acusações e o impacto que isso terá na política brasileira.

