Nesta quarta-feira (17), a Polícia Federal (PF) pediu ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), uma extensão do prazo para finalizar a perícia médica do general Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional do governo anterior. O pedido de prorrogação se deve à apresentação de novos documentos pela defesa do general, que alega que Heleno, de 78 anos, possui graves problemas de saúde e requer a prisão domiciliar humanitária.
A perícia, que estava prevista para ser concluída hoje, foi solicitada pelo ministro para avaliar o pedido da defesa. Segundo a PF, o perito responsável indicou a necessidade de mais tempo para analisar os novos documentos apresentados. Heleno, condenado a 21 anos de prisão, está custodiado em uma sala do Comando Militar do Planalto, em Brasília, desde que iniciou o cumprimento da pena em 25 de novembro.
A defesa do general contesta um diagnóstico de Alzheimer, afirmando que a condição foi identificada apenas em 2025, enquanto o general alegou ter começado a apresentar problemas cognitivos em 2018. A decisão sobre a prisão domiciliar cabe a Moraes, que ainda não definiu um prazo para sua deliberação. O desdobramento deste caso poderá impactar a situação judicial de outros envolvidos na trama golpista.