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Peter Howitt, Nobel de Economia, defende a inteligência artificial sem bolha

Marcela Guimarães
Tempo: 2 min.

O economista canadense Peter Howitt, laureado com o Prêmio Nobel de Economia em 2025, afirma que a inteligência artificial não deve ser considerada uma bolha econômica. Em uma entrevista, ele ressalta que a tecnologia provoca a destruição de empregos e setores no curto prazo, mas é fundamental para a criação de novas oportunidades e mercados no longo prazo. Howitt argumenta que a inovação é vital para o crescimento econômico, desde que haja um ambiente que favoreça a concorrência e a colaboração.

Howitt, que leciona na Universidade Brown, explica que a IA pode substituir tarefas que envolvem análise de grandes volumes de dados, como no caso dos radiologistas. Contudo, ele acredita que a tecnologia aumentará a produtividade dos profissionais, permitindo que se concentrem em aspectos mais humanos do cuidado com os pacientes. O economista destaca que a adoção de novas tecnologias, especialmente em países emergentes como o Brasil, deve ser acompanhada de políticas que garantam a requalificação dos trabalhadores.

O Nobel ressalta que o impacto da IA na economia pode levar tempo para ser plenamente reconhecido. Ele também menciona que a falta de regulamentação adequada pode gerar riscos significativos, especialmente para aqueles cujos empregos estão ameaçados. Howitt conclui que, para que a inovação traga benefícios a todos, é essencial um compromisso social para equilibrar a transição entre o antigo e o novo no mercado de trabalho.

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