Um caso de incesto entre um pai e sua filha, datado de mais de 3,5 mil anos, foi descoberto em uma comunidade da Idade do Bronze na Calábria, sul da Itália. Esta descoberta, publicada na revista Communications Biology, representa a evidência genética mais antiga de uma união reprodutiva de primeiro grau já documentada em um contexto arqueológico.
A pesquisa foi realizada por uma equipe internacional, liderada pela Universidade de Bolonha e pelo Instituto Max Planck de Antropologia Evolutiva, que analisou DNA extraído de restos ósseos de mais de 20 indivíduos encontrados na Grotta della Monaca, um importante sítio pré-histórico. Os dados genéticos revelaram que um menino pré-adolescente era fruto de uma relação incestuosa entre um homem adulto e sua filha, levantando questões sobre as práticas sociais da época.
Os pesquisadores ressaltam que, embora o achado seja extraordinário, sua interpretação é complexa. O estudo sugere que essa união poderia refletir tanto uma violação de normas sociais quanto um comportamento aceitável em contextos específicos. Essa descoberta oferece novas perspectivas sobre as dinâmicas sociais e familiares de comunidades pré-históricas na região.

