Uma pesquisa recente do Datafolha, divulgada no último sábado, 6, apontou que Flávio Bolsonaro, escolhido como candidato do clã, enfrenta desafios significativos em uma possível disputa eleitoral contra Luiz Inácio Lula da Silva. No cenário do segundo turno, Flávio obteve apenas 36%, enquanto Lula lidera com 51%, ampliando a diferença de 11 para 15 pontos em relação a levantamentos anteriores.
Esses dados não apenas questionam a viabilidade da candidatura de Flávio, mas também revelam um teto de apoio que parece difícil de superar. Outras figuras do conservadorismo, como Tarcísio de Freitas e Ratinho Jr., demonstram um desempenho mais competitivo nas simulações, com margens de apenas 5 a 6 pontos em relação a Lula. Além disso, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro apresenta números que a colocam à frente de Flávio, destacando uma insatisfação crescente com a figura do clã.
Essa situação levanta um dilema crucial para os Bolsonaro: manter a liderança não é suficiente. À medida que o eleitorado se mostra cético em relação à polarização, há uma busca por alternativas mais moderadas e viáveis. Para os partidos do centrão, os resultados reforçam a ideia de que negociar com candidatos mais pragmáticos pode ser uma estratégia mais eficaz para 2026, em contraposição a um retorno ao passado eleitoral.

