No dia 29 de dezembro, a China, por meio do China Mineral Resources Group (CMRG), anunciou a adoção de novas táticas rigorosas para controlar o mercado global de minério de ferro, avaliado em US$132 bilhões. A empresa estatal está pressionando mineradoras como a BHP para obter melhores condições de fornecimento, especialmente em um momento em que uma nova fonte de suprimento se aproxima, o projeto Simandou na Guiné.
As ações da CMRG incluem a imposição de restrições a compras de produtos específicos de grandes fornecedores, o que gerou preocupações entre os principais fornecedores, como a Austrália. Apesar de sua abordagem agressiva, as siderúrgicas chinesas expressaram insatisfação com os resultados financeiros obtidos, afirmando que os preços oferecidos não são competitivos. A CMRG, que visa negociar em nome de usinas que representam mais da metade das importações de minério de ferro da China, ainda enfrenta desafios para equilibrar suas estratégias com as necessidades do setor.
O projeto Simandou, que deve começar a operar em 2028, promete alterar significativamente o cenário de fornecimento de minério de ferro, potencialmente fragmentando o domínio australiano. Embora a CMRG busque melhorar seus termos contratuais neste ano, analistas acreditam que sua influência no mercado será limitada se não conseguir dominar o suprimento global. A situação atual requer um equilíbrio delicado entre as necessidades de suas siderúrgicas e as realidades do mercado, onde a demanda e a oferta continuam a desempenhar papéis cruciais na determinação de preços.

